Foram identificadas 3500 espécies de mosquitos, todas pertencentes à família Culidae.
No mundo dos mosquitos, os machos alimentam-se exclusivamente de néctar.
Abelha a recolher néctar de uma flor O pó amarelo agarrado ao seu corpo é o pólen |
Néctar : líquido açucarado produzido pelas plantas, normalmente utilizado por estas para atrair animais. Estes, ao alimentarem-se do néctar, ficam com pólen agarrado ao seu corpo, disseminando-o noutras flores.
O pólen ao germinar desenvolve o gâmeta masculino anterozoide que se pode conjugar com a oosfera (gâmeta feminino) nos ovários da flor e formar o ovo (ocorrendo a fecundação).
As fêmeas de mosquito (comummente conhecidas por "Melgas" e geralmente maiores que os machos) para além de se alimentarem de néctar (como fonte de energia), alimentam-se também de sangue, como fonte de nutrientes (por exemplo proteínas) para produzir os seus ovos.
Se conseguirem atingir a esperança média de vida de um mês conseguirão fazer 5 ou 6 posturas de ovos, depositando-os em águas paradas, na primavera e verão. Dos ovos eclode uma larva que se desenvolve para uma pupa e mais tarde para adulto.
As "melgas" escolhem as suas presas através do calor, odores emitidos pela pele, respiração ou suor. Nem todas as espécies caçam de noite como poderás pensar e por isso é que as redes mosqueteiras que se usam durante a noite podem não ser tão eficazes para nos proteger de certas espécies.
Para conseguirem extrair o sangue recorrem ao probóscide (aparelho bocal) , tubo de alimentação constituído por 6 estiletes (o fascículo):
- 2 maxilas - lâminas que perfuram os tecidos
- 2 mandíbulas - lanças afiadas que fazem avançar o fascículo
- 1 hipofaringe - estilete que injeta saliva que atua como um anticoagulante (impede a coagulação do sangue, mantendo-o fluido) e um anestésico (provocando a dormência da pele)
- 1 labium -o tubo flexível que suga o sangue
li- labium m-mandíbula h- hipofaringe mx- maxilas |
Ao encontrar um local onde os vasos sanguíneos são facilmente acedidos, os mosquitos iniciam a extração do sangue espetando o fascículo na pele. Sugam tanto sangue que podem alcançar o dobro do seu peso. Após se alimentarem precisam de repousar até ter condições para voar de novo.
Após terminar a sua refeição, a sua saliva permanece no local e substâncias presentes nela provocam uma resposta imunitária por parte do organismo levando ao inchaço e à comichão. À medida que essas substâncias vão sendo eliminadas os inchaços e comichões vão diminuindo.
Os mosquitos prosperam em climas tropicais no entanto essa zona poderá aumentar em direção aos pólos graças ao aquecimento global.
Os mosquitos prosperam em climas tropicais no entanto essa zona poderá aumentar em direção aos pólos graças ao aquecimento global.
Das 3500 espécies apenas algumas centenas se alimentam do nosso sangue algo que pode ser problemático para nós pois estes insetos podem ser portadores de agentes patogénicos como:
Para prevenir todas estas doenças que o mosquitos podem transmitir, muitas medidas são tomadas em relação a estes como a aplicação de inseticidas, drenagem dos seus habitats ou até mesmo um bom jornal.
No entanto com as novas inovações na área da genética um novo método poderá vir a ser aplicado. Se conseguirmos introduzir um gene modificado (como por exemplo um gene que crie a imunidade à malária) numa população de mosquitos e assegurar a sua transmissão à descendência, menos mosquitos transportarão este vírus e menos pessoas serão contagiadas, algo que poderá salvar muitas vidas. Apesar das suas potencialidades este tipo de tecnologia deve ser usado com sensatez e por isso há ainda muitas incertezas em relação a ele.
Diogo
- Vírus Zika - causa malformações nos fetos
- Chikungunya - provoca fortes dores nas articulações
- Febre-amarela - responsável por 60 mil mortes por ano e felizmente pode ser prevenida por vacinação.
- Dengue - vírus mortal que ameaça 50% da população mundial
- Malária - matou mais de 400 mil pessoas em 2015
- Filaríase linfática - altera o sistema linfático causando edema (inchaço causado pelo excesso de líquidos nos tecidos do corpo) e desfiguração do corpo
- Febre do Nilo ocidental - afeta o sistema nervoso
Os vírus ou parasitas entram no mosquito (fêmea) através do sangue de alguém infectado do qual ela se alimentou. No sistema digestivo estes passam para a hemolinfa (sangue dos insetos) e acumulam-se nas glândulas salivares para quando o inseto voltar a alimentar-se, os vírus passarem para um novo hospedeiro.
Estes vírus aprenderam evolutivamente que os mosquitos são o seu meio de transporte ideal, pois estes espalham-nos enquanto apenas tentam sobreviver.
Para prevenir todas estas doenças que o mosquitos podem transmitir, muitas medidas são tomadas em relação a estes como a aplicação de inseticidas, drenagem dos seus habitats ou até mesmo um bom jornal.
No entanto com as novas inovações na área da genética um novo método poderá vir a ser aplicado. Se conseguirmos introduzir um gene modificado (como por exemplo um gene que crie a imunidade à malária) numa população de mosquitos e assegurar a sua transmissão à descendência, menos mosquitos transportarão este vírus e menos pessoas serão contagiadas, algo que poderá salvar muitas vidas. Apesar das suas potencialidades este tipo de tecnologia deve ser usado com sensatez e por isso há ainda muitas incertezas em relação a ele.
Diogo
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