Após alguma experiência online apercebemo-nos da escassez de sites científicos em língua Portuguesa. Por esse motivo decidimos criar o
nosso primeiro blog dedicado a várias áreas do saber, para pessoas, que como nós, vejam o conhecimento como uma recompensa e se movam pela curiosidade.

Este blog vai abordar diferentes temas, é de notar que cada um de nós tem as suas preferências.
Em geral os nossos temas serão:
Ciência, História, Personagens históricas, Mitologia, As nossas opiniões sobre diversos assuntos,Enigmas,Tecnologia e Mitos e Verdades.
Pretendemos todas as semanas publicar pelo menos quatro artigos.
Se tiveram alguma questão que gostassem que nós esclarecessemos, por favor digam nos comentários

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Mitos e Verdades- Estalar os dedos faz mal

Os meus pais sempre me disseram para não estalar os dedos porque era prejudicial para as minhas articulações, mas será que é mesmo verdade?



As articulações sinoviais (as articulações mais flexíveis do nosso corpo) realizam a comunicação entre duas extremidades ósseas e são aquelas que são mais fáceis de estalar.
Entre estas articulações existe o líquido sinovial que tem como função lubrificá-las. Podemos comparar a textura deste líquido com a clara crua de um ovo. Contém gases dissolvidos e essa é a característica que permite que os nossos dedos estalem.


Articulações sinovais


Ao forçarmos as articulações, afastamos as nossas extremidades ósseas mais do normal, aumentando assim o espaço entre  os ossos, no entanto a quantidade de liquido sinovial é a mesma. Cria-se uma zona de baixa pressão (para a mesma quantidade de substância, o volume é maior, o que significa que as partículas estarão mais livres) que expulsa o gás dissolvido do líquido.

O mesmo acontece quando abrimos uma garrafa de coca-cola e surgem bolhas de dióxido de carbono. Ao aliviarmos a pressão fazemos com que menos gás consiga ser "contido" no líquido e o dióxido de carbono dissolvido acaba por ser expulso.

Dentro da articulação criam-se bolhas que ao formarem-se originam o som característico do "estalar de dedos". Eventualmente a pressão do líquido colapsa e as bolhas de gás ao longo de aproximadamente 20 minutos, vão sendo dissolvidas no líquido sinovial. Por este motivo é que não se consegue estalar a mesma articulação duas vezes seguidas.

Para mostrar que estalar os dedos não levava a artrite (inflamação das articulações) Donald Unger no curso de 50 anos estalou  todos dias a sua mão esquerda (apenas a mão esquerda). Após esse tempo, nenhuma das suas mãos mostrava sinais de artrite.


À esquerda Donald Unger. À direita as suas mãos passados 50 anos de estalar dedos
                    

Pelo seu sacrifício foi premiado com o "Ig Nobel price" prémio muito parecido com o prémio Nobel mas com uma ligeira diferença; premeia descobertas que primeiro façam as pessoas rir e depois pensar.

Apesar de não te prejudicar, muitas pessoas são incomodadas por este som, portanto tenta evitá-lo.

Diogo



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Tecnologia - Grafeno

Carbono é um dos elementos, se não o elemento mais versátil que conhecemos. O que lhe dá esta versatilidade é o facto de que na camada externa das suas moléculas ter 4 electrões, isto permite-lhe fazer 4 ligações covalentes ao mesmo tempo. Toda a vida que conhecemos é à base de carbono, mas no planeta Terra o carbono só aparece no seu estado cristalino em duas formas:

Estrutura molecular do diamante: a cinzento
 estão os átomos de carbono, e a azul as ligações covalentes.
-Diamante, é uma rede tetraédrica de átomos de carbono, esta rede é muito resistente devido à sua estrutura que permite que cada átomo de carbono esteja a fazer quatro ligações covalentes com outros átomos de carbono. Nesta estrutura todos os electrões estão ocupados em ligações muito fortes e por isso não são facilmente excitados por radiação electromagnética (micro ondas, rádio, infravermelho, luz vizivel, ultravioleta, raio X e Gama), o que dá ao diamante uma cor transparente, e o tornam no num bom isolador eléctrico, pois não há electrões disponíveis para transportar electricidade. Inesperadamente é muito bom condutor térmico pois as vibrações de uma partícula transmitem-se com facilidade para outras, devido ás fortes ligações covalentes entre elas (calor não é nada mais que a vibração de partículas).

-Grafite, é uma pilha de camadas de grafeno, sendo o grafeno uma camada de carbono da espessura de um átomo em que cada átomo está ligado a outros três através de ligações covalentes. Estas ligações formam uma estrutura bidimensional de hexágonos. Como há presença de electrões livres, estes absorvem luz dando à grafite uma cor preta e tornando a num bom condutor de calor e electricidade. Como as camadas de grafeno não estão ligadas molecularmente entre si (estão presas umas às outras graças às  forças de Van der Waals, responsáveis pela a atracção de moléculas) a grafite é muito frágil.

Em 2004 na universidade de Manchester, Andre Geim e Konstatin Novoselov usaram fita-cola para remover camadas de um pedaço de grafite, e eventualmente obtiveram uma camada com um átomo de espessura, ou seja, descobriram grafeno.



Como o grafeno tem muitos electrões livres, ele conduz electricidade e calor muito bem, melhor que prata (o melhor metal condutor de calor e electricidade), é 200 mais forte que aço e é essencialmente transparente.
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Grafeno

Existem muitos usos potencias para tal material maravilha como:

-Ecrãs tacteis, pois a sua alta condutividade permite a detecção de toques dos nossos dedos, para além disso é muito resistente e transparente.

-Filtração de água, pois grafeno permite a passagem de água mas não de muitas outras coisas.

-Dispositivos eléctricos e baterias, devido à sua uniformidade molecular e excelente condução eléctrica.

-Fins estruturais, devido à sua resistência.

Neste momento é difícil produzir grafeno, no entanto, também era difícil produzir silicone, mas com tempo e dinheiro chegamos lá. Talvez um dia estaremos rodeados de grafeno, mas até lá, esperarei...

Hugo

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Ciência - Moscas volantes

Provavelmente ao olhares para o céu limpo ou para uma superfície branca já te deparaste com uma imagem semelhante a esta:


Estes corpos na tua visão são denominados moscas volantes (em inglês floaters), nome que provem do latim muscae volitantes. 

No interior dos olhos, entre a pupila e a retina, existe o humor vítreo, uma substância gelatinosa que é constituída por 99% água e 1% colagénio (que lhe confere a viscosidade). É o humor vítreo que mantém a forma esférica do olho.



Constituição do olho

O colagénio é uma proteína fibrosa que confere elasticidade aos nossos tecidos, e que está espalhada pelo humor vítreo

O colagénio pode-se associar a outros colagénios através de atração molecular e formar aglomerados.

A luz que entra nos nossos olhos é absorvida pela retina (membrana que transforma sinais luminosos em sinais nervosos para posterior interpretação do cérebro) e aglomerados de colagénio e/ou células que vagueiem pelo humor vítreo criam sombras que são as moscas volantes. 

Quanto mais próximos da retina estão estes corpos, mais nítida são as suas sombras, o mesmo acontece quando as nossas pupilas contraem (por exemplo quando olhamos para uma superfície branca no nosso computador ou para o céu limpo porque a luz é mais brilhante).

Se focares os teus olhos na superfície brilhante abaixo, as tuas pupilas vão se provavelmente contrair (ficar mais pequenas, para deixar menos luz passar), o que torna o visionamento de moscas volantes mais fácil:




Quando movemos os nossos olhos, os corpos que se encontram suspensos no vítreo acompanham esse movimento e consequentemente também as suas sombras.

Se alguma vez reparaste nestas sombras provavelmente também já reparaste que quando paras de mover os olhos, as sombras não param imediatamente de se mover, parecendo deslizar. Isto deve-se a um fenómeno físico chamado inércia e às caraterísticas viscosas do interior do olho.

 A lei da inércia (1ª lei de Newton) enuncia que um corpo continua em repouso ou em movimento retilíneo uniforme sempre que a resultante das forças que nele atuam seja nula.

Trocado por miúdos: se o meio em que estiveres de repente parar, o teu corpo fisicamente vai querer continuar esse movimento, ou se o meio ,inicialmente em repouso, começar a mover-se, o teu corpo vai querer fisicamente continuar em repouso. 

Podemos verificar a inércia em muitas situações do nosso quotidiano:

- Quando o carro arranca repentinamente e sentimo-nos pressionados contra o banco do carro.

-Quando o autocarro para e somos "atirados" para a frente.

-Quando sacudimos o guarda-chuva ( ao abrirmos o guarda-chuva e fecharmos, fazemos com que as gotas ,inicialmente em repouso, permaneçam em repouso e acabem por cair por ação da gravidade)

Então, porque é que não vemos continuamente as moscas volantes, se os corpos existem continuamente nos nossos olhos?.
Se não vês nenhuma mosca volante é porque:

-A sombra não é nítida o suficiente e não consegues distingui-la.

-O teu cérebro parou de registar a sua existência. Se olhares por muito tempo para alguma coisa, a tua perceção sobre ela vai diminuindo. A isto chama-se adaptação sensitiva. 

Apesar de meras sombras, devemos ter atenção a moscas volantes anormalmente grandes que dificultem a nossa visão pois podem ser sinal de uma condição médica  séria que exige tratamento médico.

Mas não te preocupes a maioria é inofensiva e o único mal que te faz é serem irritantes.



Diogo





 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Opiniões - Sobrevalorização do turismo

Em 2007 mais de 12 milhões de turistas visitaram Portugal e este número tem vindo a aumentar, algo que para além de espalhar o nosso país pelas bocas do mundo, ajuda a economia do nosso país.

No entanto será que estamos a valorizar demasiado o turismo? Para demonstrar o meu ponto de vista vou utilizar a nossa capital.





Lisboa é, de certeza, uma das mais emblemáticas cidades de Portugal. Com o Atlântico a Oeste e o Tejo a sul, Lisboa é reconhecida mundialmente pelo seu bom peixe, pela hospitalidade, pela sua história e pela sua arquitetura.

Muitos turistas escolhem a nossa capital como local de férias, algo que enriquece o nosso país e provoca um grande aumento dos investimentos no turismo da região.

 A zona histórica de Lisboa possui edifícios centenares, mas novas áreas estão a ser construídas para benefício dos turistas. Muito do comércio local está a ser substituído por novas lojas, de cadeias internacionais.

 Na Avenida de Egas Moniz por exemplo já não se encontram os supermercados chineses, indianos e de outras nacionalidades, como encontrávamos antigamente. Agora, são em grande número lojas de bijutaria chinesa, de lembranças ou de roupa cigana. 

Outro exemplo é a Rua dos Bacalhoeiros, antigamente um dos pontos principais de venda de bacalhau, agora só com uma ou outra loja de venda deste peixe.

Podemos verificar os efeitos negativos desta sobrevalorização nos habitantes das regiões circundantes, como Barreiro, que trabalham na capital e que se queixam das obras feitas na cidade, que não lhes facilitam a vida, mas sim a dos estrangeiros.

Na minha opinião, a nossa tradição está a ser posta em segundo plano em relação ao mercado internacional, mas isto não acontece só em Lisboa, também acontece em várias cidades turísticas importantes.





Diogo



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Ciência - Bocejar

Todos bocejamos, mesmo quem ainda está no interior do útero de sua mãe, quando estamos cansados, aborrecidos, ou até mesmo excitados, mas não somos os únicos, quase todos os vertebrados (peixes, mamíferos, aves, répteis e anfíbios ) bocejam, no entanto apenas nós, cães e chimpanzés os acham contagiantes.


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O acto de bocejar ainda não é muito compreendido, no entanto há varias teorias que tentam explicar a razão dos nossos bocejos, as mais comuns são:

-Bocejamos para extrair dióxido de carbono do sangue e aumentar a quantidade de oxigénio disponível no corpo. A falsidade desta teoria foi no entanto provada pois quando fazemos exercício não bocejamos mais. Para além disso testes onde sujeitos recebiam muito oxigénio e dióxido de carbono lhes era removido do sangue, continuaram a bocejar com a mesma frequência.

-Bocejamos para arrefecer o cérebro. Quando bocejamos a nossa caixa torácica expande e o diafragma desce, o que obriga os pulmões a expandirem e absorverem ar. Depois os músculos intercostais (entre as costelas) e o diafragma relaxam, permitindo que algum ar saia. Este fluxo de ar frio passa pelas vias respiratórias que ficam muito próximas do cérebro o que faz com que este arrefeça. O nosso cérebro não é nada mais que um computador muito avançado, e como qualquer outro computador ele aquece, ficando menos eficaz no processo. Logo, mantê-lo á temperatura certa é importante. Esta teoria explica o motivo pêlo qual cães bocejam antes de caçar, corredores olímpicos bocejam antes de correr, e nós bocejarmos ao fim de um dia cansativo em que o cérebro passou o tempo todo a trabalhar, e está como consequência quente. 

Nenhuma destas teorias explica no entanto porque é que bocejamos quando estamos aborrecidos.

O contágio de bocejos também não é percebido mas a verdade é que ver, ouvir ou meramente ler sobre bocejos é o suficiente para criar uma vontade de bocejar em qualquer pessoa a cima dos 4 anos (não se sabe porquê mas menores de 4 anos são imunes a este efeito). Por esse motivo provavelmente deves ter sentido vontade de bocejar várias vezes ao ler este artigo.

Pensa se no entanto que este efeito tem alguma coisa a ver com o facto de sermos seres sociais: Se eu tiver sono e bocejar, influencio te para bocejares também e ficares com sono, dessa forma ambos dormimos ao mesmo tempo e estamos acordados ao mesmo tempo, permitindo melhores interacções sociais entre nós.

Para concluir bocejos são para nós, humanos, um grande mistério, mas talvez um dia saberemos os seus motivos de existência, agora se não se importam estou farto de bocejar.

Hugo

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Mitos e Verdades - "No passado o sal era mais valioso que ouro"

Já alguma vês alguém te disse tal coisa?

Durante praticamente toda a historia o sal foi muito importante para o ser humano, servia principalmente para limpeza e para conservação de alimentos, no entanto também ajudava corantes naturais a fixarem-se a tecidos, e claro, era usado para temperar comida.

 Apesar do cloreto de sódio (sal (NaCl)) em pequenas quantidades ser essencial para a nossa vida (os nosso nervos precisam de sódio para funcionarem por exemplo), em grandes quantidades é tóxico, o que o torna excelente para conservar alimentos e para limpeza, pois impede o desenvolvimento de bactérias e fungos. Para além disso se o solo tiver demasiado sal, as plantas tornam se incapazes de absorver água, o que torna o sal um eficaz herbicida.

Esta toxicidade do sal é lhe conferida por um efeito chamado Osmose: Quando  há um soluto e um solvente, o solvente move-se para onde houver mais soluto. Uma bactéria é no seu mais básico um saco semipermeável de água com matéria orgânica no interior, se colocarmos uma bactéria numa solução de água e sal, em que há maior concentração de sal no exterior que nutrientes no interior da bactéria, então, água vai sair da bactéria para o meio externo até as concentrações serem iguais nos dois lados. Se este efeito for grande o suficiente a bactéria morre.

Ouro é um elemento muito raro, apenas encontrado em poucas quantidades em poucos locais, enquanto que o sal é... bom... 97% da água do planeta é salgada, pega num bocado dessa água, põe-na ao sol, ela irá evaporar e poderás recolher o sal. É assim tão fácil. E se eu viver longe do mar? Poderás perguntar, simples! Paga a alguém que recolha sal por ti! Ou alternativamente, podes minerá-lo de depósitos de mares antigos que secaram.

Destas formas as civilizações antigas tinham acesso a sal, por isso ele nunca ficou muito caro, na maior parte dessas civilizações podias literalmente comprar uma tonelada de sal com uma quantidade de ouro que podias facilmente segurar numa mão (há medida que te afastavas de uma fonte de sal o preço aumentaria, mas nunca ficava muito caro).

Algumas coisas extra a notar são:

-No império romano cada pessoa gastava em média 50kg de sal por ano (para consumir, conservar, lavar...)

-Apesar do cloreto de sódio ser o sal mais comum dissolvido na água do mar (80% de todo o sal) há muitos outros lá dissolvidos, muitos dos quais importantes para a nossa saúde.

-A composição química dos sais obtidos através de salinas e dos minerados em minas de sal é praticamente igual, pois ambos resultam da evaporação de água do mar. Desta forma nenhum é mais saudável.

-Estes sais podem ser obtidos através do consumo de plantas ou de outros animais, pois estes sais também estão presentes no solo, desta forma o sal do mar não é indispensável há nossa vida, mas uma conveniência.

-A palavra salário tem origem num pagamento em sal que alguns trabalhadores romanos recebiam para além do ordenado normal.

Para concluir, o sal nunca foi mais valioso que o ouro.

Hugo

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Enigmas - O Templo

Encontraste no interior do templo da Cidade Perdida. 

Enquanto estudas as inscrições gravadas nas paredes, numa escuridão quase total, dois dos estudantes que te acompanham esbarram num altar. 

Dois sopros de fumo verde  são libertados e as paredes começam a ficar instáveis.

Começam a correr para salvar as vossas vidas e acabam por chegar a uma sala com 5 saídas (incluindo a que vos conduziu a esta nova sala e a que vos conduzirá à saída do templo).

Uma ampulheta que existe no centro da divisão indica que têm menos de 1 hora para encontrar um saída.

Pelo que te recordas do caminho que fizeste até aqui, demoras cerca de 20 min a percorrer um corredor do templo. 

Se os 9 (tu mais 8 estudantes) se separarem só há tempo   suficiente para cada grupo explorar um dos 4 corredores e voltar à sala para depois saírem todos pelo caminho certo.

Só há um problema:
O altar dizia "Os espíritos do rei e da Rainha vão possuir dois de vocês, e conduzi-los à paronoia"

Ou seja, a qualquer altura dois alunos, ou só um, podem estar a mentir ou a dizer a verdade.

Não te preocupes, não és tu o amaldiçoado. Não há forma de descobrir quais os alunos têm a maldição. Atenção, a maldição só afeta a comunicação.

?O que fazias para descobrir a saída?

Resposta mais à frente...



















Como não estás possuído podes investigar um corredor.

Isto deixa os 8 alunos com 3 corredores.

Não vale a pena enviar 2 grupos de 4 para 2 corredores porque se um dos grupos regressar com as opiniões divididas a meio, tens de adivinhar em quem confiar.

Mas se dividires num par e dois trios funcionará sempre.
Os estudantes possuídos podem mentir ou não mas só são dois enquanto que os outros seis dirão sempre a verdade.

Quando regressarem todos os membros do grupo ou fazem o mesmo relato ou discutirão  sobre se encontraram ou não a saída.
Se os dois trios estão a discutir significa que existe um amaldiçoado em cada grupo, por isso deves  confiar na maioria.

Quanto ao par nunca tens a certeza mas só precisas da prova fiável sobre 3 dos 4 corredores.

Para encontrares a saída deves recorrer ao processo de eliminação

fonte: https://www.youtube.com/watch?v=nSbvlktToSY

Diogo 

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Ciência- Enjôos

Provavelmente já ficaste enjoado e com vontade de vomitar enquanto andavas de carro. Mas porque é que isto acontece?
Não se sabe ao certo porquê, mas a teoria mais aceite baseia-se na má interpretação de sinais sensitivos, por outras palavras o nosso cérebro fica muito confuso com a informação que está a receber.

Voltemos ao andar de carro:
Durante a viagem, os teus olhos vêm o interior do carro que está parado, para além disso os teus músculos estão relaxados; mas o teus ouvidos informam o teu cérebro que estás em movimento.

Para além da audição, os ouvidos têm outra grande função; dar-nos a sensação de movimento e equilíbrio. Na parte interior do ouvido existe o sistema vestibular que é constituído por três canais semi-circulares que sentem a rotação nas três dimensões e dois sacos cheios de fluído que ao moverem-se excitam pelos que informam o nosso cérebro se nos estamos a mover na vertical ou na horizontal. 
Desta maneira os nosso ouvidos conseguem determinar a direção, o ângulo e a aceleração do nosso movimento.
Sistema vestibular (canais semicirculares à esquerda e sacos de fluído em cima)

Esta confusão de sinais tem uma explicação evolutiva. 
O rápido desenvolvimento tecnológico da nossa espécie (com os carros,aviões,...) não foi acompanhado pelos nossos cérebros e por essa razão  estes vêm como única razão para esta má interpretação de sinais algum tipo de neuro toxina. Para salvaguardar a nossa vida o vómito é activado como mecanismo de defesa tentando expulsar a suposta toxina do nosso corpo.

É verdade que é uma sensação desconfortável, mas da próxima que sentires enjôos lembra-te, é só o teu subconsciente a preocupar-se.

Diogo

Ciência - Peixe-Balão

Já alguma vez provaste Peixe-Balão num restaurante Japonês?

Se nunca provaste, provavelmente estás, neste momento, a pensar em enumeras razões para não o fazer, mas este peixe venenoso é muito apreciado pela cozinha japonesa.


O peixe-balão, a que os Japoneses chamam Fugu ("porco do rio") pertence à família Tetraodontidae, um grupo constituído por mais de 120 espécies. São muito lentos e por esse motivo desenvolveram tácticas defensivas para se protegerem dos predadores como:


Peixe-balão-de-espinhos-longos

-Espinhos (à excepção de Lagocephalus laevigatus);

-A produção de uma toxina - tetrodoxina ( que recebe o nome a partir da família Tetraodontidae) que é mais letal que o cianeto e que em doses ínfimas pode matar uma pessoa. O peixe-balão é 10 vezes mais mortífero que a viuvá-negra. 
Esta neuro toxina, já conhecida pelos egípcios, não se altera com a temperatura ( pelo que cozinhar o peixe não vai resolver o problema do veneno), leva à paralisia total e à morte por falência respiratória.


Estrutura química da tetrodoxina


-A capacidade de se insuflarem, o peixe-balão engole água e bombeia-a para o estômago, desta maneira expande-se e atinge um tamanho até 3 vezes superior ao normal, dissuadindo predadores,  pois para alem de ser tóxico, fica muitas vezes demasiado grande para ser engolido.



Peixe-balão-espinhoso 


O peixe-balão é uma iguaria no Japão, mas para obter a licença para o cozinhar, os cozinheiros têm um treino intensivo com uma prova final em que terão que preparar o peixe e comê-lo. 

Desde 2000, 33 pessoas morreram no Japão depois de comer Fugu. Na maioria dos casos, foram pessoas que tentaram preparar este peixe em casa e consumiram as partes venenosas que continham tetrodoxina,uma toxina para a qual não existe um antídoto

Portanto se algum dia quiseres provar esta iguaria certifica-te que recorres a um estabelecimento seguro e licenciado.


Vejam o chef Kunio Miura a preparar Fugu :

http://www.bbc.com/news/magazine-18065372 (link em inglês)


Diogo


Ciência - Cantar dos pássaros



Já alguma vez acordaste com belo cantar dos pássaros?
Já alguma vez te perguntaste, porque é que eles cantam, e o que é que estão a cantar?

Durante a manhã, o ar está, geralmente muito parado, isto acontece pois durante a noite o ar arrefece, e estando todo frio não há nenhum ar quente para subir, desta forma de manhã há muito pouco vento e perturbações, por isso o som viaja mais longe, algo que muitos pássaros aproveitam.

Os pássaros cantam, mas o que nos parece cantar é para eles a forma normal de comunicação, e, os machos aproveitam o alcance extra da madrugada para expulsar todos os outros machos do seu território. Aquelas lindas melodias não passam de insultos e ameaças entre machos.

É verdade que os machos cantam para atrair fêmeas, mas geralmente não de manhã, para além disso apenas cantam para elas, na altura da primavera, altura em que se reproduzem. Mas se os machos querem passar os seus genes para a geração seguinte, então cantar muitas vezes não é suficiente. Diferentes espécies têm diferentes estratégias, mas geralmente eles têm de construir um ninho, ou mostrar que são melhores que os outros machos, ou provar que conseguem caçar muito bem, como é o caso do Picanço:
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Picanço-real (e sua presa)
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Estas aves carnívoras espetam as suas presas em silvas, arame farpado, ramos partidos e pontiagudos (...). Fazem isto por diversos motivos, como não têm mãos precisam de segurar as presas para as comerem, podem armazenar comida desta forma, e, na altura do acasalamento, os que têm mais comida (e ás vezes objectos brilhantes) nos seus armazéns atraem mais fêmeas. Desta maneira  o picanço-real também  se consegue alimentar de presas que não comeria de outra forma, como insectos venenosos. Enquanto o insecto se encontra espetado, as suas toxinas vão-se detriorando até chegar ao ponto em que não há perigo comer.

Hugo

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Ciência - Porque é que as plantas não são todas venenosas?

Já alguma vez te perguntaste isso?
Supostamente teriam evoluído alguma forma de se defenderem das pestes que são os animais herbívoros, constantemente a destruírem plantas.
E realmente isso acontece, e continua a acontecer, predador e presa estão numa constante corrida em busca das melhores estratégias de sobrevivência, e se considerarmos as plantas e os herbívoros percebemos que eles não são excepção. Praticamente todas as plantas naturais (as que não foram geneticamente modificadas pelo ser humano) são venenosas e como resposta a esta defesa os animais herbívoros desenvolveram resistências a estas toxinas.

Há no entanto excepções que envolvem a cooperação entre herbívoros e plantas, uma maceira por exemplo, as suas maçãs não são venenosas pois a maceira quer que elas sejam comidas por algum animal grande que é incapaz de digerir as sementes ricas em cianeto (uma toxina letal). Quando o animal defeca, deixa as sementes da maçã longe da maceira e cobertas por matéria orgânica (fezes), um bom local para germinar.

A maior parte das flores são venenosas, pois nenhuma planta quer que o seu órgão reprodutor seja comido, geralmente elas são ainda mais que os caules da respectiva planta.
Como animal hominívoro, o ser humano tem alguma resistência a estas toxinas, no entanto, a menos que saibas o que estás a fazer não deves andar por aí a comer plantas não identificadas como comestíveis , pois essa actividade pode ser o teu fim. No entanto muitas das plantas que comemos podem matar nos, os caules de tomateiros e de batateiras, e até  amêndoas. Mas geralmente depois de cozinhadas estas toxinas são decompostas (é o caso das amêndoas, são torradas antes de serem vendidas), e a planta torna se segura.
No entanto é importante mencionar que todos os anos pessoas (entre as quais crianças) são envenenadas por causa disto, e muitas delas morrem.

Hugo

Opiniões - Piadas Ofensivas

Acho que podemos fazer piadas sobre tudo, mesmo morte (desde que a piada não seja o facto de ele morrer), raça, estado social, coisas boas e más, nada está fora do alcance, mas quando uma piada é feita com o objectivo de insultar, não é uma piada, mas um insulto disfarçado.

Se proibisse-mos as piadas que podiam ofender alguém, então perderíamos algo crucial da nossa sociedade, a capacidade de criticar, de forma engraçada os outros e as suas acções duvidosas. Para alem disso se por exemplo proibíssemos piadas sobre judeus, então eles ficariam excluídos de parte da sociedade, tornar-ceiam tabu, com todas as piadas com potencial de ofensa proibidas, a sociedade ficaria fragmentada, o que iria promover o racismo e a xenofobia.

Eu gosto de me rir e de fazer os outros rir, então porque não nos rimos todos juntos? Eu faço piadas de vocês e vocês de mim, não há motivo para nos ofendermos de meras palavras sem significado importante.

Hugo

Enigmas - Desafio da Ponte

(Este enigma é muito semelhante ao clássico desafio de atravessar o rio com uma raposa, um pato e um saco de milho)

Foste fazer um estágio a um laboratório numa montanha longínqua.
Ao entrar numa sala reservada, sem querer, puxaste uma alavanca  que libertou uma vaga de zombies.

Tens que escapar do laboratório mas não estás sozinho, contigo trabalha o porteiro, a assistente de laboratório e o velho professor. Não os podes deixar para trás, afinal a culpa é tua.

Dispões de alguma vantagem de tempo mas só há um caminho para um lugar seguro: atravessar uma velha ponte de corda, por cima dum desfiladeiro profundo.
  •  Tu consegues atravessar a ponte em 1 min.
  • A assistente em 2 min.
  • O porteiro em 5 min.
  • O professor em 10 min.
Segundo os cáculos do professor os zombies desejosos de cérebros devem chegar em cerca de 17 min.

Por isso, é só esse o tempo que têm para atravessar a ponte e cortar  as cordas.

Infelizmente:
  • A ponte só aguenta com duas pessoas.
  • Está tão escuro que pelo menos um dos que atravessam a ponte tem de levar uma velha lanterna que só ilumina uma pequena área.   

? Consegues arranjar uma forma de todos escaparem a tempo ?

Atenção: Só podem atravessar a ponte duas pessoas ao mesmo tempo, quem atravessa tem que ou segurar a lanterna ou ficar perto dela. Todos podem ficar seguros na escuridão, de cada lado do desfiladeiro. Nada de truques. Não podes saltar nem lutar os zombies.

Resolução mais à frente 













  1.  Tu e a assistente atravessam a ponte (2min)
  2. Tu voltas para trás com a lanterna (1min)
  3. O professor e o porteiro agarram na lanterna e atravessam os dois (10 min)
  4. A assistente volta para trás (2 min)
  5. Atravessam os 2 a ponte (2 min)
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=7yDmGnA8Hw0
 
Diogo